domingo, 31 de agosto de 2008

Gelinhos de mamão


Alguns encontros sãos mais especiais. Quando as pessoas se gostam e compartilham um tempo em harmonia. Não há pressa. Escutamos uns aos outros e assim nos conhecemos ainda mais.
Gosto dos encontros em que aprendo a ser mais afetuosa, mais paciente e amorosa.
Hoje tive um encontro assim, em um lar de pessoas amigas.

Da rua já era possível ver o cuidado. A casa colorida em cores diversas e cheia de flores naturais. Cada uma no seu vasinho que lhes dá indentidade no convívio floral. No quintal, frutas e verduras plantadas em um pequeno canteiro, com tamanho suficiente para permitir crescer um pé de mamão bem carregado de frutos.
Ao lado de cada plantação, uma plaquinha. Sim, é merecido o registro, pois as plantas foram semeadas pelas mãos e pela vontade do pai da casa. Cada planta com sua poesia. Nos escritos, a sabedoria em agradecer o alimento de cada dia.

Na varanda era possível sentir o vento no rosto e ouvir, no silêncio, o canto dos pássaros voando pelas redondezas. Na mesa do almoço, a presença de um jarro de um suco muito engenhoso, criado pela mãe da casa. Suco de maracujá com mamão cortado em bolinhas, parecendo gelinhos de mamão, acompanhado de uma comida feita com muito carinho.

De sobremesa, música em família. Um momento para conhecer e cantar a canção que cada um gosta de ouvir. Um tempo para poder dizer o quanto cada melodia é linda ou engraçada ou antiga. Ali juntos, a filha e o filho da casa. Cada um participando na construção de um só som.
Quem era da casa e não estava, veio para a roda em fotografia e lembrança. Estão em outra cidade, cuidando de seus afazeres.

Para despedir, um cafezinho feito na hora, encerrando a conversa, na promessa de um reencontro. Para consolidar o compromisso, ganhei um texto, que fala dos valores de nossa terra, escrita por um professor de português. O mesmo que cultiva o jardim da casa.

Quando existe cuidado e amor dentro de um lar, é possível sentir no ar. E pelo ar que compartilhamos, vamos aprendendo cada dia mais, a semear mais amor, mais perdão, mais paciência com as pessoas que estão perto de nós. Estamos juntos para isso: plantar em nosso canteiro íntimo todos os bons sentimentos que irão expirar a paz, através de nossas atitudes, para que depois os outros a inspirem, e assim por diante..

Tim, tim!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Te chamo de boniteza

Nós guardamos o seu sono
Todas as noites à meia-luz
Respeitando a sua natureza
de dormir quando o céu escurece

Neste lar tem amor
e reconhecemos o quanto nos alegra
a sua companhia, sua fome, sua braveza,
sua cor

Tem nome doce
Querida companhia, a quem dedico tantas canções
Plantei a sua casa com as mãos.
Cuido.
Não durmo sem antes vigiar o seu sono

Invento belas declarações de amor
E a cada dia me supero
Agradecendo pela criatura perfeita que ganhei
Que é lindo,
porque é o meu

domingo, 17 de agosto de 2008

Minha frase de hoje

...

Ivan Lins/Vitor Martins - Cartomante



Tempo bom


Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Me dei uma chance


Hoje resolvi buscar um esporte para praticar. Um esporte coletivo. Há anos não me mexia neste sentido. Ultimamente, só trabalho. Procurei um clube. Quando entrei, logo percebi a movimentação saudável de todas as idades de pessoas praticando atividades físicas.
As quadras de peteca estavam cheias. As de tênis também. A piscina, o campo de futebol, a academia, o estacionamento.
Por um momento me senti sendo a última pessoa a chegar: 'todos chegaram antes de mim'. Fiquei parada, olhando. Tentando entender aonde ficou aquele tempo meu, em que eu brincava na rua, corria leve, topava todos os desafios de velocidade em bicicleta, pulava muros, treinava natação, estava sempre entre as melhores no esporte na escola. Tive quedas de bicicleta memoráveis. Eu destestava ficar parada. Não gostava de televisão. Sempre tive a necessidade de viver o mundo de fora da minha casa, com muitas amizades legais.
Mas, por acontecimentos importantes em minha vida, me recolhi. Um recolhimento duradouro. Gerou alguns outros tipos de frutos, que não medalhas (..eu estava quase lá. Cheguei a ser convidada para treinar natação e competir oficialmente).

Hoje, naquele clube, me rendi à lição de que o tempo não volta. Porém, me dei a chance de viver um novo tempo, muitos anos depois. E consegui uma vaga para treinar com a turma de volei "master" feminino!
Ufa! Não fui a última a chegar! Porque minha vontade de recomeçar foi maior. Quem exclui possibilidades, somos nós mesmos. Eu fui muito legal comigo hoje!!
P.s: as medalhas da foto são as que ganhei, nadando quando criança. Ainda as guardo. Com o tempo vão mudando de cor, mas não de valor. Hoje as coloquei. Já que estou de parabéns! Semana que vem tem mais treino!

Ciclo Natural


Um trabalho bem interessante, educativo, que une arte e consciência ecológica. Para conhecer o trabalho acesse: http://www.ciclonatural.com.br/
No site é possível ver as fotos e ouvir as músicas, que são resultado da atenção às sucatas, que pelas mãos do homem são transformadas em instrumentos musicais.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Transformação

Diferenciação e reconhecimento. Compreensão. Transformação.

"Um Encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos e tu ver-me-ás com os meus." (Jacob Levy Moreno)

História da borboleta

Certa vez a vida me apresentou as borboletas. Mostrando que tudo se transforma. E que é necessário sair do casulo, passar por uma lagarta.. depois se colorir e voar. Então vem a parte colorida, doce, cheirosa, de poder conhecer as flores, distribuir as flores.. e partir quando tudo estiver feito. E voar ! Mais uma vez.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Delicadezas da natureza


Quando vi esta flor de perto, fiquei impressionada com a engenhosidade da natureza e a delicadeza. Tão delicada ainda com as folhas secas e duras. São estas folhas que abrigam as sementes. Essas pequeninas sementes.
É o tipo de coisa que não dá para fazer igual. Uma flor que tem a característica misteriosa de ser incrível. Parece uma obra de arte. Esta eu ganhei. E a guardo para olhar as sementes joaninhas. Elas nascem para voar..
Uma planta que não simplesmente cresce.. Ela se desenha cuidadosamente e aparece.